sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Chegou Dezembro...
Além do calor, sol, praia, sorvete e mulheres em roupas ínfimas que vêm com ele, tem o horário de verão, a possibilidade de férias, viagens e o melhor de tudo: as festas de final de ano.
Temos as festas tradicionais de Natal e Ano novo com Papai Noel, fogos (de artifíco e de trago), entre outras coisas, mas não me refiro a estas festas.
Nada contra. Muito pelo contrário. Há bem pouco tempo, na minha infância, estas festas ficavam no meio das férias e serviam como um farol a nos guiar pelo caminho do bem, sem aprontar muito, para merecermos algum presente do Bom Velhinho.
Festas natalinas são ótimas, porém, antes destas, acontecem outras...
Todo o final de ano tem a tradicional festa da firma com ou sem amigo secreto entre os colegas, churrasco do futebol de Quarta, Happy Hour com os ex-colegas da empresa anterior, tem o pessoal do jogo de Sábado que também faz um churrasquinho, festa com ex-colegas da faculdade, churrasco com os ex-colegas da outra empresa antes daquela, com colegas do quartel, do colégio, do jardim de infância, se bobear até os irmãos, ex-companheiros do Nosso Lar vão querer se encontrar pra lembrar de outras encarnações, dos tempos da gestação, reencarnação, parto e tal...
Não é mole... É uma maratona; uma romaria por bares, restaurantes, salões de festas, numa verdadeira orgia gastronômica e beberrônica.
Haja fígado meu São de Frutas, amém, Engov. Porém, segundo a minha namorada, para as meninas, pior que o desequilíbrio financeiro e hepático é a derrocada da dieta. Aquele “regime” que começou na segunda-feira e estava indo tão bem até quarta, sucumbiu; rendeu-se sem muita resistência à um petisco qualquer com caipirinha.
Não estou reclamando, longe disso; na verdade, quando começa a chegar o final do ano, a gente já fica esperando por estes eventos. Se dependesse só da minha vontade, iria a todas as festas e pediria mais, mas tem aquela tríade que nunca se completa: Tempo, saúde e dinheiro. Sempre falta, pelo menos um deles. No meu caso, atualmente, tempo eu até que tenho, mas saúde e dinheiro andam escassos, mesmo assim, dentro das minhas possibilidades, não pretendo decepcionar o pessoal.
To jogando Brasileirão, Gauchão, Copa do Brasil e Libertadores, tudo ao mesmo tempo e não tem essa de priorizar um em detrimento de outro ou poupar jogadores. Vamos com tudo...!!!
Lembre-se: SE DIRIGIR NÃO BEBA E SE FOR BEBER, JÁ SABE NÉ?!?!
Aquele abraço, Bom Natal e Feliz ano novo pra todo mundo!!!
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Mágoa...
O lado ruim de se ter vários amigos e o pessoal ser muito educado, é a gente nunca ter certeza se está realmente agradando.
No meu caso, com esta história de escrever, manter blog, e contribuir com os jornais, sempre que alguém comentou foi para elogiar e incentivar. Claro, a maioria não se manifesta, e o silêncio é sempre uma incógnita, mas como sou muito otimista, entendo que se ninguém reclama é porque tá bom.
Tem sido assim por todo este tempo.
Até agora...
Pela primeira vez em um ano e meio e depois um monte de textos publicados alguém fez um comentário crítico, em desabono, negativo. Não me senti ofendido ou diminuído em momento algum; não sei como dizer isso, pois apesar da linguagem chula e expressões de baixo calão, apesar do tom ácido e malicioso do comentário, apesar do vocabulário pesado e da análise profunda, desmascarando minha suposta veia literária. Gostei até. Foi emocionante. Não vou dizer que emoções afloraram, o importante é que emoções eu vivi-i...
Transcrevo abaixo na íntegra, ipisis litteris, o comentário para vossa avaliação. Notem o tom sarcástico e destrutivo, mas por favor, não se abalem, nem mesmo por solidariedade a mim. Sou suficientemente forte para superar mais este golpe. A vida ensina de uma forma ou de outra. Às vezes com amor, às vezes com dor...
Diz o comentário: “Achei o texto mega fraco....”
Quem não acreditar pode conferir no outro post.
Pô... Se estivesse hesitante, em dúvida sobre continuar escrevendo ou não, este seria o momento e o motivo para parar.
Porém, alguns amigos, dos tantos que me apoiaram neste momento difícil, ponderaram que deveria ver por outro ângulo; de forma positiva, óptica pela qual o texto estaria “mega fraco” em comparação com os anteriores. Isto seria, de uma forma inversa, um elogio aos outros textos e a mim. Alguns poderiam ser até mega fortes...
Claro, isto tudo é uma grande brincadeira e peço desculpas ao autor do comentário. Toda crítica é bem-vinda e servirá para reflexões e aperfeiçoamento, assim como as opiniões serão sempre respeitadas, começando pela minha e considerando esta hierarquia democrática.
Aquele abraço!
PS: prefiro elogios, viu?!?!
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Etiqueta
Mulheres tem um fetiche com banheiro masculino, é ou não é?
Um dia uma colega de trabalho saiu da sala e voltou rindo muito. Havia entrado por engano no banheiro masculino. Ela saiu correndo, às pressas, apavorada, então não pôde ver nada interessante, mas vislumbrou num átimo, numa fração de segundo, os mictórios.
Foi apenas uma passada d’olhos, mas a imagem fixou-se na retina e na mente, e foi povoada com personagens imaginários em situações bizarras. Esta cena foi para ela e para nós todos, quando conseguiu parar de rir e nos contar, muito engraçada, apesar de inconcebível.
Nós homens não ficamos imaginando o que as mulheres fazem no banheiro, ou porque vão sempre juntas.
Ela, porém, em sua mente depravada, deve ter imaginado os vários homens, seus colegas, lado a lado naqueles aparelhos, expelindo seus líquidos, conversando banalidades como futebol ou mulheres, talvez avaliando-se, comparando-se coletivamente, tirando medidas, fazendo comentários maldosos ou maliciosos.
Sei lá porque as mulheres tem este tipo de fantasia...
Homens, na maioria, espero, urinam “de pé”; seja no mictório, seja na privada, a menos que este ato seja consequência ou decorrência de outro que obrigue ao assento, e os banheiros públicos masculinos, aproveitando nossa praticidade no ato, têm estes aparelhos chamados mictório. Não é muito fácil descrevê-los aqui sem ferir sentimentos ou suscetibilidades. É um negócio, geralmente grudado na parede, na altura adequada, bem prático e funcional.
Não teria porque homens irem juntos ao banheiro, trocar experiências ou segredos e não ficamos imaginando o que vocês fazem lá quando vão juntas...
Bueno, os banheiros masculinos são assim. Vários mictórios dispostos lado a lado pelas paredes. Em shoppings, em cinemas e restaurantes. Já em estádios de futebol, por exemplo, o mictório é tipo uma calha que ocupa a parede toda, aonde todo mundo vai ao mesmo tempo, disputando ferozmente o espaço, ou esperando educadamente, dependendo da quantidade de cerveja que bebeu antes.
Mulheres vão aos pares ao banheiro e ninguém sabe a razão, pois, se não podem fazer ao mesmo tempo...
Bem, nós fazemos, e esta condição possibilitaria visões desagradáveis a desavisados ou despreparados, mas temos treinamento desde cedo contra isto.
Faz parte das tarefas do pai, além de levar o filho ao jogo do seu time, ensinar comportamento e etiqueta em mictórios públicos, como por exemplo, evitar contato visual com a aparelhagem alheia. Olha para o teto, olha para “o próprio”, para a parede e nunca, jamais para os lados. Faz o que tem que fazer e vai embora. Sem comentários ou intimidades.
Espero ter sido claro e objetivo, esclarecendo muitas dúvidas.
Desculpem meninas, se acabei com seus devaneios em relação ao banheiro masculino. Sei que o imaginário feminino é povoado por situações mirabolantes naquele espaço proibido e que a maioria de vocês, ao contrário de nós homens, passa a vida sonhando com isso, mas, mais cedo ou mais tarde a verdade prevalece e temos que seguir em frente. A vida é assim mesmo. Devemos saber lidar com as frustrações.
Não tenho o menor interesse nisso, nem creio que algum homem tenha, só acho que vocês deveriam dizer o que vão fazer quando forem “de duas” ao banheiro...
Aquele abraço!
sábado, 11 de setembro de 2010
A Minha Tristeza
Onde eu morava? Mário Totta, nº 787. Ao lado da casa da Dona Nair.
Naquele tempo isso era uma referência importante, assim como o bar da minha avó. O Bar de Pedra, na esquina com a Wenceslau. A Dona Maria, mãe da minha mãe e a minha tia Lira moravam ali. Partindo do Bar de Pedra, a gente subia a Mário Totta, com seus plátanos gigantescos, passava pelo Beco do Geraldo e uma lombinha até chegar à nossa casa.
Olhando de fora parecia um casarão, mas na verdade eram dois casarões grudados. Casas geminadas (a gente dizia germinada), de um lado a nossa, do outro a Dona Nair, e eu me lembro de passar muito tempo na casa dela; uma das pessoas mais generosas, desprendidas e carinhosas do mundo. Sinto muitas saudades da minha velha.
Não sei se todas as casas geminadas são assim, mas aquelas eram como espelhadas. O banheiro de uma, encostado no da outra, as cozinhas, as pias, acho que para aproveitar o encanamento. No pátio, a área onde tinha o tanque de lavar roupas também; tinha um tanque de cada lado do muro; um muro alto de modo que a minha mãe, Dona. Nilza, não via a Dona. Nair enquanto elas lavavam roupas, mas isso não impedia que elas conversassem e colocassem as queixas e conversas em dia, mas sem fofoca, que a minha mãe nunca foi dada a essas coisas, muito menos a Dona. Nair.
Ela tinha um monte de filhos, e me chamavam de Nequinho. Vamos ver se lembro de todos: Marco Aurélio, Pão de milho, Piá, Lelé, Ana Maria, Elba e a Nina. Todos mais velhos que eu, e não importa o meu tamanho ou idade, ainda me chamam de Nequinho. Todos de doces lembranças.
Todas doces lembranças. Gente da minha vida, de tempos há muito idos, dos quais faço questão de lembrar. Às vezes passeando por ali, outras vezes deixando a memória e a imaginação correrem juntas e livres, me levando de volta para lá, para o meu próprio Sítio do Pica-pau Amarelo.
Queria que a velha casa estivesse lá ainda, mas já era. Ali onde agora está/ aquele adifício arto/ era uma casa velha, um palacete "geminado"...
Vou ali chorar um pouquinho e já volto...
Aquele abraço!!!
domingo, 15 de agosto de 2010
Encontros
Amigos a gente encontra, a vida não é só aqui. Repare naquela estrada, a que distância nos levará...
Estes versos, parte da música Quem Me Levará Sou Eu, do Luiz Gonzaga ou Dominguinhos (o Google não soube me dizer com precisão), sugerem certa facilidade em encontrar amigos. Tudo bem, é fácil mesmo. Para o Gonzagão, sendo quem era; além de famoso, uma figura simpática e sorridente, devia ser mais fácil ainda; só que leva algum tempo até estes amigos que a gente encontra pela estrada tornarem-se amigos de verdade.
Para não classificar apenas alguns poucos como amigos, segregando outros, a gente cria uma escala secreta. Uma graduação para as amizades que pode ser mais ou menos assim: amigasso, amigão, amigo do peito, amigo, conhecido, colega, vizinho-de-porta, vizinho-de-vista, “ouvi falar” e cunhado.
Eu tenho muitos amigos. Muitos mesmo. Preciso mais do que uma mão para contá-los nos dedos. Aqueles a quem considero amigos de fato e que o são de direito. Pessoas a quem confiaria a chave do cinto de castidade da minha rainha.
Não vou citá-los, obviamente, para não ferir suscetibilidades e também para não ter que arcar com a declaração anterior. Eles sabem quem são, assim como eu sei quem me considera amigo.
Pessoas entre as quais não existe distância, física ou temporal capaz de gerar afastamento. Que não se ofendem com as piores ofensas. Que torcem pelo time aquele e mesmo assim são meus amigos. Gente que já me salvou, que eu já salvei. Gente que não te pede pra juntar o sabonete no vestiário.
Sei que já escrevi sobre este mesmo tema há pouco tempo. Por favor, me desculpem pela repetição. É que fico muito comovido quando penso nisso e lembro que tenho outra família além da minha família. Outros irmãos além dos meus irmãos “de sangue”.
Obrigaduuu...!
Aquele abraço!
domingo, 25 de julho de 2010
A mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo...
Uns tomam coca light, outros zero.
Uns vigiam o peso, outros ganham.
Uns separam o lixo, outros reciclam.
Uns reciclam o lixo, outros digerem.
Uns segregam, outros agregam.
Uns condenam, outros conversam.
Uns observam, outros absorvem.
Uns contemplam, outros completam.
Uns navegam, outros aportam.
Uns viajam, outros racionalizam; mantém os pés no chão e a mente focada, o que não é o meu caso. Fico mais para viajante. Não fisicamente, mas um viajante mental, se é que da pra dizer isto.
Achei interessante o que uma prima-cunhada falou em um encontro familiar esses dias, ao ser questionada sobre qual refri beberia:
- Tem guaraná normal e Zero, qual tu prefere?
- Zero! Esta hipocrisia eu preciso manter... Respondeu ela sorrindo.
Foi apenas uma forma bem-humorada de dizer que, no fundo ainda mantinha a esperança e a confiança em si mesma. Que apesar de todos aqueles salgadinhos e docinhos, a determinação dietética jazia adormecida em algum recanto da sua alma.
Acho que é bem isso, né? A gente tenta e acredita sinceramente que um dia vai conseguir, seja o que for aquilo que ainda não conseguiu; emagrecer, parar de fumar, começar a dançar, separar o lixo, ser mais legal, menos trouxa, qualquer coisa que exija mais do que meter a mão no bolso e mandar trazer.
Temos a sincera convicção da força de vontade necessária, a determinação, a coragem, então começamos. Tomamos a iniciativa e seguimos todos os passos que sabemos necessários naquela direção para alcançar nosso objetivo. Estamos fazendo tudo certo, mas demora muito! Demora tanto que resolvemos dar uma checkada, e aí constatamos que, o que fizemos, mesmo com toda a boa vontade, não era bem o que deveria ter sido feito.
E agora? Desisto de tudo? Recomeço? Sento e choro?
Podemos ter a mesma atitude da Ana; relaxar e deixar pra continuar mais tarde, mantendo a postura e a esperança. Podemos enlouquecer e desistir de tudo, mandar tudo às favas. Podemos parar para avaliar os erros e acertos, e começar tudo de novo; com tranquilidade ou mesmo no desespero. Cada pessoa reage à sua maneira, independentemente do tipo de situação ou da gravidade dela.
Particularmente, prefiro relaxar e decidir com serenidade e sabedoria. Óbvio que, na maioria das vezes a sabedoria fica pelo caminho, mas a serenidade eu costumo manter. Relaxa, respira fundo, alinha a coluna e vam’bora...
Aquele abraço!
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Metamorfose Ambulante
À partir dos anos 80, com o advento da Abertura Democrática e o enfraquecimento da ditadura, os movimentos sindical e estudantil, assim como a sociedade em geral, aos poucos foram recobrando sua força e retomando seu antigo ímpeto batalhador; mudando de atitude, reaprendendo a reivindicar seus direitos e cobrar os deveres do estado. Neste cenário, onde os movimentos de esquerda ganhavam cada vez mais força com o (re)aparecimento de partidos e centrais sindicais, o povo ganhou voz, personificado em alguns líderes.
À medida que estes líderes sindicais ou políticos cresciam e ganhavam força, a mídia oficial intensificava campanhas difamatórias contra eles.
Algumas expressões até então pouco usadas tornaram-se de uso comum. Por exemplo, estas pessoas que apareciam lutando pelos direitos do povo, dos trabalhadores, dos sindicatos que representavam e mais tarde nos partidos políticos que criaram ou aos quais passaram a pertencer, foram rotulados como “radicais”. Os radicais de esquerda, os sindicalistas radicais, ativistas radicais e mais um monte de “radicais” por aí.
Os meios de comunicação em geral sempre usaram analogias negativas associadas ao adjetivo “radical” e isto foi sendo fixado de tal forma que hoje em dia se alguém for reconhecido como tal, pode ter sua integridade física ameaçada.
Ouvindo Raul Seixas, Metamorfose Ambulante, lembro de uma frase dita por uma professora em um debate que assisti na TVE. Não lembrarei o nome dela, nem da apresentadora, muito menos do programa, pelo que peço desculpas, mas lembro da mensagem. Ela dizia mais ou menos assim: “Me criticam por ser radical. Eu assumo e afirmo que devemos ser radicais nas nossas convicções; o que não podemos é ser intransigentes.”
Intransigência é quase um crime. Sequer considerar a opinião alheia, ter razão sempre; acima de tudo e de todos.
Sejamos radicais, portanto, na luta por nossos ideais, nossos direitos, nossos sonhos, no combate à corrupção, ao abuso, a tudo que nos seja prejudicial, enquanto indivíduo ou coletivo. Radicais na busca da nossa realização pessoal, profissional ou social; radicais no amor à família, ao próximo, ao ser humano, à natureza, ao país, mas nunca intransigentes, intolerantes com quem nos é contrário ou nos prejudica. Saibamos respeitar opiniões, por mais diversas ou divergentes que sejam.
Vivamos esta metamorfose constante em busca do aperfeiçoamento, do crescimento, do amadurecimento; transformando idéias, evoluindo, crescendo...
"Hay que endurecer, pero sin perder la ternura jamás. Hay que radicalizar, pero, sin perder la razón, jamás".
Aquel abrazo!
terça-feira, 8 de junho de 2010
Divagando
Esses dias o Luis Fernando Veríssimo “queimou” uma idéia minha. Escreveu uma crônica sobre algo que eu estava pensando.
Sobre não ter assunto para escrever...
Claro que no caso dele, deve ter sido apenas uma brincadeira, ou algo só para me provocar. No meu caso seria realidade, pois estava sem imaginação, sem assunto mesmo.
Já pensou, se algumas pessoas que leram esta crônica dele, porventura lessem a minha com o mesmo assunto. Quantas acreditariam que foi por acaso; por pura coincidência? Nem mesmo eu acreditaria...
Por isso abandonei aquele projeto. Não poderia correr este risco, mas, tudo bem; compartilhar uma idéia com um dos meus ídolos literários já é uma honra, mesmo que ele nunca venha a saber disto. Então cedi-lhe a exclusividade.
Imagine um caldo efervescente de onde soltem-se bolhas vez por outra. Algumas subindo e caindo novamente, esperando nova oportunidade de voar; outras subindo um pouquinho e explodindo no ar. Umas caindo e estourando no chão. Apenas algumas, poucas delas, mais fortes, mais bem formadas, subindo mais e mais, ganhando altura, sumindo da visão.
Assim surgem e assim são as idéias. Quando a gente menos espera, “plop”; surge uma idéia, um assunto. Às vezes alçando voos ousados, difíceis de controlar, outras vezes enfraquecendo logo na subida, frustrando espectativas, perdendo o sentido, como as bolhas que estouram no chão.
Às vezes a gente tenta mantê-la no ar, assopra, abana, mas a bolha cai alí adiante. Por mais empenho que tenhamos, por mais que perseveremos, a idéia mingua e não passa de umas poucas linhas sem sentido, sem razão, sem vida.
Poxa, acabei escrevendo um monte sobre o que não era o assunto. O meu problema agora, e resolvi escrever logo antes que “ele” queira me imitar de novo, é saber e lembrar se já escrevi algo parecido ou igual antes. São tantos textos e o cérebro, afinal, é o mesmo e já não é mais o mesmo de tempos atras. Consulto o arquivo do blog para me certificar que seja inédito.
Não pensem que estou só enchendo “murcilha”. Isso acontece e já tive textos descartados por repetição. Desenvolvi quase todo e quando me dei por conta estava falando as mesmas coisas sobre o mesmo tema.
Claro, existem assuntos que vão e voltam, mas a repetição é sempre entediante. Sou chato, lembram? Mas não por este motivo.
Bem, eu, assim com o mestre LFVeríssimo, consegui chegar até o final, escrevendo muita coisa sem dizer quase nada.
Tomem cuidado com escritores assim...
Aquele abraço!