terça-feira, 20 de setembro de 2011

Inveja

Todo mundo já quis ser alguém. Tu não?
Nunca teve aquele momento em que aparece alguém se dando bem e tu fica olhando aquilo, pensando como seria bom estar lá?
Aquele cara que ganha na loteria, aquela modelo que desponta, o artista que faz sucesso, o jogador que faz aquela jogada, a cozinheira que faz aquele molho, ou o confeiteiro que faz o doce mais equilibrado, o cara que escreveu aquela frase, o que teve aquela idéia...
Aquele que vence, que desponta, que se destaca, de alguma maneira será invejado, mesmo que sem maldade.
Na infância queria ser o Batman, sem o Robin, mas com a Mulher Gato. Queria estar na nave dos Perdidos no Espaço. Queria ser o Bruce Lee, depois o Luke Skywalker, o Mad Max. Mais tarde queria estar no lugar do Michael Douglas em Instinto Selvagem, ou do Patrick Swayze em Ghost, mas só até um pedaço, antes do assalto.
Já quis trocar de lugar com algumas pessoas em vários momentos da minha vida. Não trocar de vida, mas ter aquele momento que o outro estava vivendo.
Inveja? Acho que não. Acho que é mais um tipo de admiração. Nada mal intencionado. Se for inveja, é só uma invejazinha sem maldade.
Dentro dessa viagem imaginei se alguém me admira ou inveja desta maneira, se me vê como modelo de vida ou de sucesso. Será?
Nunca me dei muito bem na vida. Não sou rico, nem famoso, nunca vivi grandes aventuras, mas sabe como é, tem louco pra tudo.
Trazendo isso para o mundo real, podemos pensar que, assim como nós temos nossos modelos de comportamento, moral e conduta, servimos da mesma forma como modelo para outros.
Modelados por nossos pais e sociedade, modelamos nossos filhos, amigos, vizinhos, mesmo sem querer, pois como diz o ditado, um exemplo vale mais do que mil palavras.
Pensando nisso me arrependo de algumas atitudes pela vida afora. Gostaria de ter sido sempre um bom exemplo, porém, como típico ser humano dei umas erradinhas por aí. Já falei bobagens e dei conselhos “furados”, sempre bem intencionado, mas para isto há outro velho ditado: De boas intenções o inferno está cheio. Concordo, mas prefiro errar tentando acertar do que me omitir.
E assim caminha a humanidade. Errando, acertando, ajudando, atrapalhando, a gente vai se acomodando e no final tudo da certo de uma maneira ou de outra.
Aos desavisados que por ventura queiram meus momentos, sugiro este, quando vou começar a pagar as contas do mês.

Aquele abraço!

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Futebol

Sábado, 10 de Setembro, 09:42h.

Conforme previsto e comentado aqui, hoje retomo minhas atividades futebolísticas.
O time terá novamente uma opção de qualidade na zaga e volância. Opção também no apoio ao ataque com minhas investidas fatais e chutes precisos e poderosos.
O jogo dura em torno de uma hora, hoje está um lindo dia de sol, a quadra é descoberta, e eu estou há mais de 4 meses sem jogar bola. Vocês sabem o que esta conjunção de fatores significa. O que pode acarretar ou de que forma pode interferir no meu desempenho em campo?
TUDO!
Qualquer tempo que permaneça jogando além de 5 minutos já será uma grande façanha.
Bem, vou lá.
Depois eu conto como foi...


Sábado, 10 de Setembro, 14:42h.

Voltei.
Não sofri nenhum infarto ou mal súbito de qualquer espécie.
Até que corri bastante. Permaneci em campo quase o tempo todo, consegui tocar na bola algumas vezes e não fiz muito fiasco.
Agora inicia um novo período de avaliação pós-jogo. Não como nas rádios, onde os comentaristas avaliam o desempenho dos atletas, mas um período onde observarei e principalmente sentirei a resposta do meu organismo ao esforço a que foi submetido.


Sábado, 10 de Setembro, 21:35h.

Me sinto cada vez mais vivo, ou seja, tenho dores em todo o corpo, e isto quer dizer que não morri. Dói tudo, inclusive articulações e músculos que eu nem sabia que existiam.



Domingo, 11 de Setembro, 07:12h.

Consegui levantar, ou melhor fui obrigado, pois o colchão estava me machucando. Ficar de pé e caminhar ereto, agora é o novo desafio.
Passei um tempo tentando lembrar do acidente e de quando teria recebido alta, procurando cicatrizes... Lembrei do jogo. Foi ótimo!
O retorno, o reencontro com os amigos, os momentos divertidos, tudo isso vale à pena.
Cada movimento dolorido é compensado pela sensação de bem estar, por ter voltado.
Tenho uma semana para me recuperar fisicamente...


Segunda-feira, 12 de Setembro, 07:43h

Ai...


Aquele abraço!