segunda-feira, 25 de julho de 2011

Cinquentenário

Hoje completo 50 anos. 25 de Julho, 50 anos. Se considerarmos que no calendário romano original, Julho era o quinto mês, daria pra mistificar muito com estes números cinco, consultar um numerólogo... Como não sou desses vou só apostar nas loterias da Caixa.

Comemorei muito; como nunca. Nem sei bem por que. Talvez só pra marcar, já que muita gente faz festão nos 50 anos. Eu só queria festa mesmo. Saí, bebi, comi, dancei por várias noites; com meus amigos, com a patroa, com a família. Não necessariamente nesta mesma ordem... Coisa boa!!!

Na verdade, estou atravessando um ótimo momento. Muitas coisas boas acontecendo ao mesmo tempo. Mal tenho tempo de assimilar uma, já vem outra.

Sempre me vi com uma boa vida, apesar de não ser um boa-vida. Acho até que sou um cara de sorte, considerando a quantidade de coisas que poderia ter dado errado, e este momento em especial está sendo ótimo.

Claro, muito tem a ver com o modo como encaro a vida e os problemas, mas algumas coisas são tão ou mais importantes do que isso. O convívio com a família, o apoio que recebo deles; a parceria dos amigos, novos e velhos, a família estendida; meus colegas, os novos e os antigos; minha namorada, seu amor, sua paciência e dedicação; meus filhos e o amor recíproco que nos move e nos une, enfim, são tantas emoções...

Quero agradecer a todos por me ajudarem em vários momentos da minha vida e convidar a todos para participarem do resto dela.

Já vou começar a procurar a casa geriátrica onde comemoraremos o centenário...



Aquele abraço!

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Gerações

Eu sou apenas um rapaz, latino americano, sem dinheiro no bolso... Quer dizer, era.

Isso é dos anos 70? Pode ser. Belchior. Uma das muitas coisas boas dos anos dourados. Dos nossos anos dourados.

Quando falo dos anos 70, muita gente torce o nariz. Principalmente os mais jovens. Claro, cada geração tem os seus próprios anos dourados.

Para eles o tempo é agora e o passado, principalmente o dos outros não tem nada a ver. Lembro de quando eu era adolescente. Nem gostava dos Beatles. Comecei a gostar depois de adulto.
As coisas mudam, mas nem tanto. A gente também desdenhava do passado dos adultos e achava uma bobagem aquele papo de “no meu tempo sim era bom”.

Isso já gerou muito atrito nas famílias quando levado a extremos. Conflito de gerações. Acontece quando um não dá importância às coisas importantes do outro.
Os adolescentes por serem adolescentes; os adultos por soberba, por aceitar o enfrentamento, por esquecer que o seu passado já foi presente e deve ter sido menosprezado pelos seus adultos da época. Foi importante quando era presente e é mais importante agora que é passado.

Amanhã, hoje será ontem. O presente deles que é o seu futuro passado. Vamos respeitar.

Já vi o meu filho se achando velho ao ouvir adolescentes falando das coisas velhas dos anos 90.

O meu tempo também é agora. Não vivo de passado, mas que foi bom foi, e não canso de lembrar com saudade.

Só o que não dá saudade é da parte da música onde ele fala “sem dinheiro no bolso”. Isso não mudou.


Aquele abraço!