Eu trabalho em um prédio no centro de Porto Alegre, junto à Praça da Alfândega. Minha sala fica no 13º andar e fui agraciado com um lugar na janela de onde posso ver o Guaíba, algumas ilhas, a movimentação dos barcos e aves aquáticas, alguns urubus e até papagaios; falcão, gavião, sabe la que bicho é aquele.
Claro, desconsidero as pombas, que estão na minha lista negativa por vários motivos.
Tem muitos prédios históricos; MARGS, Correios, Santander; a praça com o monumento a Osório e o chafariz que funciona quando tem algum evento ou eleição...
Preciso tomar cuidado, pois muitas vezes me pego distraído, olhando pra lá. Não que atrapalhe o trabalho. O serviço ta sempre em dia e tal, mas pode pegar mal ficar olhando o rio e viajando em horário de trabalho. Se o chefe ou algum colega de trabalho resolve se invocar...
Mal sabem eles que muitos dos problemas de lógica dos meus programas foram resolvidos conversando com o rio.
Ele nunca me disse nada. Nunca sugeriu alguma solução mirabolante pra algum problema. Talvez justamente por isso ele seja tão eficiente nessa ajuda. Não me da a solução, apenas me faz pensar.
Sem interferência.
Não me da o peixe nem me ensina a pescar. Fica ali na dele. Só na parceria...
Já trabalhei em muitos lugares e quase todos eram fechados ou com vista para uma linda parede.
Esse panorama, esse cenário, prende, inebria, entontece. É fascinação...
Regozijo-me por isso. Considero um salário indireto.
Tem o prédio de um banco que atrapalha a visão do pôr-do-sol, mas nada pode ser perfeito, né?!?!
Aquele abraço...!!!
2 comentários:
Interessante...
Na frente tem uma janela, mas não para a parte externa, fica direta para a sala dos diretores. Mas a janela é bonita, estilosa, redonda de vidro transparente, 1,80 de circunferência.
Nem todos tem a mesma sorte.
Tenta observar e contar quantos animaizinhos estão naquelas ilhas a te observar. Que problemas eles estariam a resolver?
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