sexta-feira, 22 de maio de 2009

Quando olho no espelho...


Como passam os anos, exclama o escorregador da pracinha. Apesar do trocadilho entre orifícios e calendários, esta constatação é verdadeira quando refere à nossa efemeridade frente ao universo.

Nossa vida é um pum; sem fazer referência ao início do texto. Passa muito rapidamente, e também será lembrada por mais ou menos tempo, dependendo da intensidade. Refiro-me, claro à vida terrena.


Isso já foi falado muitas vezes e de muitas formas. Quanto mais o tempo passa, mais passa o tempo; menos tempo a gente tem e quando nos damos por conta, já passou de novo.


Sou essencialmente um saudosista. Gosto de lembrar os velhos tempos. Com saudades dos bons, nem tanta dos maus, mas sempre com aquela sensação gostosa e sofrida ao mesmo tempo.


Hoje em dia, quando olho pra trás, quanta coisa ja passou; quanta gente... Faria de novo? Faria diferente...?!?!


O meu amigo Carlos Couto falou uma vez na “radia” e eu achei legal: “Eu sou jovem há mais tempo”. Legal, Né? É assim que me sinto e me vejo. Não consigo andar muito vestido como um senhor da minha idade deveria, por exemplo. Não consigo deixar de gostar de rock&roll, jogar bola, trabalhar de ressaca, assistir a desenhos na TV, comer bobagens, namorar...

Não confunda isso com irresponsabilidade. Trabalho, pago minhas contas, educo meus filhos, e tudo o mais da vida adulta, mas tudo isso da melhor maneira possível. Feliz. Ou tentando ser...


Atualmente, na minha idade, tenho mais passado do que futuro, mas comparando o que esperava na juventude e o que vivo hoje; o quanto minhas expectativas foram frustradas, tanto pro bem quanto pro mal, acho que estou saindo no lucro. Os sonhos da adolescência ficaram logo ali adiante, assim como as previsões de um futuro pedregoso que até agora não se realizou.


A gente pensa que leva a vida, mas é ela quem nos leva.


Mas, tamo aí, dando tiro e levando...


Aquele abraço...!!!



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