domingo, 13 de dezembro de 2009

Olha o gol, olha o gol...






Pô, terminou o Brasileirão...

Que que eu vou fazer nas tardes de domingo ou de sábado até começar o Gauchão? Mais de um mês sem futebol... Uns 40 dias. Quase 1000 horas...

Minhas mulheres é que vão gostar. Mãe, filha, namorada...

Outra coisa; vou suspender a assinatura do jornal.

Se eu vendesse peixe ou ovos teria uma utilidade para ele sem as notícias e comentários esportivos.

Minha avó tinha um armazem e meu pai um bar, e a gente vendia ovos "a granel". Não é bem assim pra fazer esse pacote. Existe toda uma técnica para se embrulhar ovos em jornal.

Dependendo da quantidade pedida, era preciso equilibrar os ovos aos pares ou às trincas enquanto se pegava o próximo lote. Segurava uns com uma mão junto com a ponta do jornal enquanto pegava os outros com a outra mão, sem deixar rolar ou cair para evitar o prejuízo, a sujeirada e a trabalheira...

Hoje em dia ninguém mais compra ovo no armazém da esquina ou peixe no mercado, só no súper-mercado. Minhas habilidades e funcionalidades estão ficando obsoletas.

Outra coisa que poderia fazer com esse jornal seria usá-lo na limpeza das janelas, mas nem isso eu faço. Quando lavo as janelas seco com um pano. É uma técnica que copiei quando trabalhei em um posto de gasolina, com os lavadores de carros e que aperfeiçoei em muitos anos de prática.

A sessão de esportes dos jornais em época de férias fica mais obsoleta e inútil do que o resto do jornal em tempos de campeonato. Só sobram os quadrinhos, mas a leitura é muito rápida, e cá pra nós, se fosse pra ler quadrinhos, compraria um gibi...

Tem uma coisa que me incomoda, não só nos jornais, mas na imprensa esportiva em geral: O Muralismo. (Muralismo [sm] condição na qual o indivíduo teima em ficar em cima do muro, evitando tomadas de posição e/ou emitir opiniões). Não sei como é nos outros estados, mas aqui os caras tem que se fazer de isentos, inodoros, insípidos e incolores. Não torcem pra time nenhum. E a gente tem que acreditar.

Eu acho um desrespeito com a gente, com a nossa inteligência.

Tem colunistas que omitem sua preferência mas deixam claro nos seus textos. Não conseguem disfarçar. A gente reconhece a caligrafia. Às vezes até o cheiro...

Mas, enfim, c'est la vie... Vou comprar umas palavras cruzadas e esperar o Gauchão e a Máquina do Cafezinho.





Aquele abraço!!!



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