Buenas.
Tudo bem com vocês?
Fazia um tempão, né? Pois é,
aqui estamos nós novamente, escrevendo bobagens...
Esses dias ouvi de um amigo
que a vida é como a mulher. Às vezes ela nos deixa fazer as coisas ao nosso
modo pra pensarmos que estamos no controle.
A gente pensa que ta
decidindo e dando rumo às coisas, quando na verdade ta só seguindo o seu plano.
Ela concorda, faz que
acredita, incentiva, e quando vemos estamos bem onde ela queria que
estivéssemos, e o pior de tudo, coroando este plano maléfico, é que gostamos. Mesmo
quando nos damos conta. Disfarçamos e seguimos, cheios de razão, estufando o
peito e parecendo donos da situação.
Vai ver é por isso que
alguns homens chamam suas mulheres carinhosamente de vida. Minha vida...
Pois bem. Minha vida, não
minha mulher, mais uma vez me leva a ser feliz ao seu modo.
E nem disfarça!
Agora sou avô. Nem de longe
sonhava com isso, não esperava tão cedo, sem planos, sem espera...
Sou avô de um menino, o Murilo.
Lindo como todos da minha família, e mais lindo ainda por ser filho da minha
filha. Aquela mesma que no outro texto eu levava pela mão à parada de ônibus
para ir ao colégio, que ainda anda “de mão” comigo na rua, que tem ainda o
mesmo ar doce e infantil, carrega agora nos braços outra criança, mas quão
sábia é esta tal de vida!
Uma criança (aos meus olhos
apenas), que já sabe ser mãe, que encarou sem medo o preconceito, as pressões e
acusações dos primeiros momentos da revelação, que curtiu a gravidez a cada dia,
esperou e curtiu cada momento, cada chute e mexida dele na barriga, cada
ecografia. Que encarou o parto com suas dores e seus temores, que se absteve
dos maiores prazeres durante a gestação, como a banana com Nescau e as
vergamotas, em prol da saúde do filho e que agora igualmente curte seus
momentos de mãe.
Cada cocô, soluço e arroto,
vencendo outros medos, inseguranças, cólicas e noites mal dormidas, lutando
para amamentar e amando cada vez mais aquele pedacinho dela que é um pouco meu
também.
Então é isso gente. Queria contar
pra vocês esta novidade. Que estou muito feliz e orgulhoso por esta pequena
guerreira e agradecer pelo presente que ela me deu.
Sou grato também à vida por
ter me aprontado mais esta, mas ela que não pense que pode me controlar e
manipular. Sou dono do meu nariz e do meu destino. Ela só me pegou distraído...
Aquele abraço!
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