Nada
como uma boa dor de cabeça pra fazer a gente repensar atitudes, hábitos e
vícios.
Cheguei
em casa hoje à tarde com aquela dorzinha no corno direito. Aquela que vai
puxando de dentro do olho, sabe?
Mas
era uma dorzinha de leve, suave como ex-mulher querendo dinheiro, então não dei
muita bola. Tomei meu café tradicional da tardinha com um sanduíche de croissant com presunto e queijo.
Light.
Claro,
porque o normal teria maionese. Muita maionese, e é isso que classifica um
alimento como light, vocês sabiam?
Ter menos gordura ou açúcar do que o normal. Aproximadamente 25% ou por aí.
Então, o meu "sanduba" era light, sim!
Bom,
aí a coisa começou a ficar séria, porque além de aumentar a dor de cabeça,
começou um leve "malestar".
Neste
momento percebi a minha burrada, minha falta de atenção para com meus sinais
biológicos.
Aquela
dorzinha inicial era o aviso de algum desarranjo no bucho, e já não era mais
suave como antes. Parecia mais com ex-mulher quando não consegue aquele
dinheiro. O puxão no olho agora era real e eu sentia vontade de arrancá-lo pra
dar uma olhada com o outro olho e ver se estava tudo certo.
Aí
tive mais uma idéia genial: vou dormir um pouco pra ver se passa. Deitei com as
luzes apagadas. Rolei pra lá e pra cá que nem um "desabafante" Roberto Carlos na cama e, claro, a dor só aumentou
junto com a náusea.
Um
sinal de enxaqueca grave é o enjôo, porém, um sintoma do mal-estar estomacal é
a dor de cabeça, então, como definir qual era o meu mal? Qual era a causa e
qual a conseqüência? Quem nasceu primeiro, a galinha que "botou" o ovo ou o ovo que gerou a galinha? (ninguém fala no galo)
Na
verdade pouco me importa. Só sei que é brabo e que neste
momento estou melhor. Melhor a ponto de estar aqui escrevendo e prestes a
submetê-los a este texto.
Depois
do santo sal de frutas, da sagrada Neosa e do bem-aventurado chá de boldo, tudo começa a voltar
ao normal, mas no momento da crise a gente pensa muita coisa, revê hábitos
duvidosos, faz promessas e toma resoluções.
É
como um réveillon, só que vai direto para a ressaca.
Ano
novo, vida nova! Não vou mais comer tanta bobagem, não vou mais beber, vou
comer mais fibras, menos refrigerantes, menos cerveja, menos doces e frituras.
Só
que o mal-estar passa, a dor de cabeça some e só de pensar nessas coisas já ta
me dando uma fome...
Aquele
abraço!