terça-feira, 29 de maio de 2012

Há males que ve para bem. Ou não...


Nada como uma boa dor de cabeça pra fazer a gente repensar atitudes, hábitos e vícios.
Cheguei em casa hoje à tarde com aquela dorzinha no corno direito. Aquela que vai puxando de dentro do olho, sabe?
Mas era uma dorzinha de leve, suave como ex-mulher querendo dinheiro, então não dei muita bola. Tomei meu café tradicional da tardinha com um sanduíche de croissant com presunto e queijo.
Light.
Claro, porque o normal teria maionese. Muita maionese, e é isso que classifica um alimento como light, vocês sabiam? Ter menos gordura ou açúcar do que o normal. Aproximadamente 25% ou por aí. Então, o meu "sanduba" era light, sim!

Bom, aí a coisa começou a ficar séria, porque além de aumentar a dor de cabeça, começou um leve "malestar".
Neste momento percebi a minha burrada, minha falta de atenção para com meus sinais biológicos.
Aquela dorzinha inicial era o aviso de algum desarranjo no bucho, e já não era mais suave como antes. Parecia mais com ex-mulher quando não consegue aquele dinheiro. O puxão no olho agora era real e eu sentia vontade de arrancá-lo pra dar uma olhada com o outro olho e ver se estava tudo certo.
Aí tive mais uma idéia genial: vou dormir um pouco pra ver se passa. Deitei com as luzes apagadas. Rolei pra lá e pra cá que nem um "desabafante" Roberto Carlos na cama e, claro, a dor só aumentou junto com a náusea.

Um sinal de enxaqueca grave é o enjôo, porém, um sintoma do mal-estar estomacal é a dor de cabeça, então, como definir qual era o meu mal? Qual era a causa e qual a conseqüência? Quem nasceu primeiro, a galinha que "botou" o ovo ou o ovo que gerou a galinha? (ninguém fala no galo)
Na verdade pouco me importa. Só sei que é brabo e que neste momento estou melhor. Melhor a ponto de estar aqui escrevendo e prestes a submetê-los a este texto.

Depois do santo sal de frutas, da sagrada Neosa e do bem-aventurado chá de boldo, tudo começa a voltar ao normal, mas no momento da crise a gente pensa muita coisa, revê hábitos duvidosos, faz promessas e toma resoluções.
É como um réveillon, só que vai direto para a ressaca.
Ano novo, vida nova! Não vou mais comer tanta bobagem, não vou mais beber, vou comer mais fibras, menos refrigerantes, menos cerveja, menos doces e frituras.

Só que o mal-estar passa, a dor de cabeça some e só de pensar nessas coisas já ta me dando uma fome...


Aquele abraço!

domingo, 6 de maio de 2012

Mulheres...


Estou na fila do pão no supermercado quando a moça da minha frente começa a gesticular e falar na direção de um dos corredores:
Curioso como sou olho para lá e vem vindo o seu marido, namorado, companheiro ou todas as alternativas acima, então inicia-se o seguinte diálogo:
- Vem amor, vou comprar pãozinho – referindo-se aos cacetinhos. “Quantos eu compro? Dois?”.
- Não, compra uns dez!
- Dez não! Então quatro!
- Mas eu to loco de fome amor... Então compra seis...
A balconista interfere:
- Boa noite. Às ordens...
A moça então faz o pedido:
- Me da cinco destes... Pãezinhos.

Não pude conter o riso, disfarçado é claro, pois foi muito divertido. Não chegou a ser uma batalha, nem mesmo uma discussão entre o casal, mas neste suave e singelo embate, marcado por várias expressões amorosas e demonstrações de carinho, pode-se notar algumas nuances daquele relacionamento.
A falsa candura da moça fingindo insegurança na compra e pedindo opinião, quando na verdade já havia decidido comprar quantos pães achasse necessário.
O rapaz, cedendo gentilmente aos argumentos dela, em prol da paz no lar, não sabe que, na verdade cede aos poucos fatias generosas de um território que deveria ser neutro e do qual ela aos poucos vai tomando posse.
Mas é assim mesmo que funciona.
Somos escravizados desde sempre e seremos até a eternidade, pois somos bons e pensamos na família democraticamente, enquanto a mulher até aceita a divergência de opiniões, desde que prevaleça a dela.

Outra coisa que me chamou à atenção foi o jeito como esta moça se referiu aos pães. Todo mundo por aqui chama pãozinho francês de cacetinho. Não tem outro nome. Na maioria dos lugares, se pedir pãozinho francês vai acabar saindo de mãos vazias, mas ela não chamou de pão francês, nem de cacetinho. Não chamou de nada. E o grande problema foi a pausa.
Aquela pausa foi fatal.
Por onde teria andado aquela mente criativa nos breves momentos daquela pausa?
Sabe lá Deus... Ou não... Se for homem, provavelmente nem ele saiba...

Desculpem as brincadeiras minhas amigas e principalmente as mamães. Neste mês de maio, recebam todas as homenagens que lhes cabem com muito orgulho e sem modéstia, pois geralmente são merecidas e em alguns casos até insuficientes.

Feliz dia das mães e aquele abraço!