Hoje eu decidi: Vou retomar meus estudos de música.
Na verdade já havia decidido há muito tempo, mas vinha adiando, retardando, empurrando pra amanhã, amanhã e depois, amanhã, mas hoje vai. Já tirei o violão da capa, coloquei ao lado do sofá e ele ta ali, só me olhando.
Peguei o de nylon porque é mais confortável. Vou recomeçar nas canções, só com acompanhamento, cantarolando pra pegar “embocadura” novamente. Recordar as lições aprendidas há muitos anos, o “desenho” das notas, a lógica das sequências, os tempos e ritmos, até as letras das músicas, pois pretendo facilitar até nisso, tocar as que já conheço e tocava antes.
Bem, aqui exagerei, superestimei minhas habilidades como músico. Sou muito bom músico de ouvido, quer dizer que ouço muito bem e pratico bastante, agora, tocar é outro papo. Aí o buraco é mais embaixo, mesmo no violão que o buraco é sempre no mesmo lugar.
Vou contar uma historinha pra exemplificar. Em 1982, eu trabalhava em uma empresa, meu segundo primeiro emprego, e ali conheci o meu amigo Carlos Roberto ou Roberto, ou Bebeto para os mais íntimos, o que não é o meu caso.
Esse cara chegou cheio de idéias e motivação musicais. Estava aprendendo a tocar violão, e tínhamos outro amigo, o Luis Paulista que também tocava, e os dois só falavam naquilo, e levavam violão e tocavam nos intervalos de almoço, e o pessoal gostava e eu ficava olhando e fui ficando a fim de aprender, e o Roberto me mostrou que era possível, e me vendeu um violão e eu comecei a aprender...
O Roberto destrói o violão. Toca muito. Tira qualquer música “de ouvido”, sola, acompanha, faz o diabo. Eu? Até hoje estou “aprendendo”...
Há uns 10 anos encontrei outro ex-colega daquela época, o Mário. Papo vai, papo vem comentei da minha felicidade por estar aprendendo a tocar violão, e ele perguntou espantado: AINDA???
Pois é, e lá vou eu de novo.
O Jorge, meu irmão, um dia sabendo que estava estudando contrabaixo disse que me admirava porque eu não desistia.
Na verdade o que eu mais fazia com relação ao violão era desistir. Já fiz aula em academia, com professor particular, já tentei cavaquinho, contrabaixo... Uma semana ou duas, quem sabe três e a motivação ia diminuindo, as prioridades se invertendo e o violão ia ficando escanteado como estava até há pouco, mas agora não! Agora vai. Se bem que a essa hora... Amanhã eu começo. Prometo!
Aquele abraço!
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