sábado, 6 de fevereiro de 2010

Que calor!!!




Alexandre Aguiar é diretor da MetSul, uma empresa de meteorologia. Há alguns dias acompanhei uma entrevista sua, falando sobre o clima, é claro, mas principalmente comentando e questionando esta onda de terrorismo climático da qual temos sido vítimas nos últimos tempos e que vem se intensificando ultimamente.

Pelo que entendi, ninguém sabe muito bem o que vai acontecer. São várias suposições baseadas em estudos de imagens de satélite e modelos virtuais, como nesta previsão de tempo que vemos diariamente e cujos erros não nos surpreendem mais.

Se acontecem erros em previsões diárias, imagina em previsões para 50 ou 100 anos.

Registros históricos citam enchentes e secas há bem mais de 40 ou 50 anos. Parece que a maior seca documentada no Rio Grande do Sul foi há mais de 200 anos; 6 meses sem chuva, e nessa época, se existia desequilíbrio ecológico era a favor da natureza.

Não que este Sr. negasse a interferência da ação humana no clima e no aquecimento global mas questionava o nosso protagonismo nesse processo.

Que devemos mudar o comportamento, passando a ter atitudes mais responsáveis e ecológicamente corretas é óbvio, mas até que ponto esta nova atitude vai influenciar nas mudanças climáticas ou retardar o fatídico aquecimento global, só Deus sabe.

Segundo ele, o cara, não Deus, há alguns anos saímos de uma era que os estudiosos chamaram de litle ice age (pequena era do gelo), período no qual a Mãe Terra esteve ligeiramente mais fria, então, era esperado um aquecimento, só que aqueceu um pouco além da espectativa, mas nada que justifique este alarde.

Bom, não vou me estender nem entrar em detalhes de um tema que não domino, mas só pelas coisas que lembrei e citei aqui já da pra ter uma outra idéia da coisa toda ou pensar um pouco melhor antes de acreditar nas manchetes e sair comprando casa na serra, o que não quer dizer que possamos relaxar e voltar a atitudes antigas de descaso. Progredimos muito na relação com o meio ambiente, mas creio que por vezes perdemos o foco.

Uma coisa legal que ele falou na entrevista foi com relação a isso. Nos preocupamos com a poluição na China e não olhamos para os rios Gravataí, Sinos, Guaíba, de onde consumimos a água e que estão abandonados, recebendo esgoto e lixo de todo tipo. É muito mais fácil apontar os problemas dos outros e justificar os nossos do que trabalhar e tentar melhorar a situação local.

Só poderemos fazer diferença no mundo se fizermos a diferença na nossa casa, na nossa rua, no bairro... Entende? Se cada um fizesse a sua parte, tratasse seu esgoto, separasse seu lixo, economizasse água, luz, petróleo, papel, usasse produtos não clorados ou produzidos por empresas responsáveis, entre outras coisas, já teríamos outra situação. Existem muitas formas de poluição e contribuimos diariamente com as estatísticas, produzindo lixo, excrementos, gases, etc.

Olhemos um pouco à nossa volta e tomemos consciência do nosso lugar e da nossa responsabilidade.

Ao jogar uma embalagem plástica no lixo-seco, atitude ecológicamente correta, lembre-se que aquela embalagem só existe graças ao consumismo, ao comodismo e ao descaso. Diminuindo o consumo, diminui a produção, a poluição, o desmatamento e, quem sabe o aquecimento global...




Aquele abraço.

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