terça-feira, 22 de dezembro de 2009

É de batalhas que se vive a vida






Meu filho graduado...



Bacharel em Administração de Empresas e Análise de Sistemas.



Já é um título, hein? Te mete...



Eu achei lindo e, pô, é o meu guri.



Agora é só curtição de festa, formatura, férias e tal; depois acho que vai começar outra onda de pós graduação e sei lá o que mais, mas aí é futuro.



Todos sabemos das dificuldades de um curso superior, conciliando trabalho ,estudo, namorada, bebedeiras, crises existenciais, más influências etc; mas ele seguiu...



Entramos juntos na faculdade. No mesmo curso, mas depois eu o abandonei, fui cursar outra coisa e ele seguiu...



Esse foi o primeiro percalço por que passou. Ou não. Sei la, talvez nem tenha notado. Hoje penso que ele pode ter se sentido abandonado, mas seguiu...



Mais tarde tivemos outro baque, perdemos o desconto na mensalidade da faculdade. Trocou de entidade, adaptou o currículo e seguiu...



Quando estava num de seus melhores momentos, viu seu avô paterno partir. Foi uma grande perda; um sofrimento enorme; mesmo assim seguiu...



Muitos aborrecimentos e preocupações no trabalho, troca de emprego, ameaça de desemprego; ainda assim seguiu...



Muitas atribulações, dificuldades e sacrifício no TCC, mas ele, inexoravelmente seguiu e seguiu e conseguiu...!!!



Hoje, esperando a cerimônia de graduação, me pergunto até que ponto contribuí para isso, quanto apoio realmente dei, em quantas oportunidades consegui ajudá-lo? Espero ter sido importante.



Neste momento quero de todas as formas homenageá-lo. Dizer do orgulho que sinto como pai, compartilhar com ele a alegria deste momento, e de alguma forma agradecer por ser o filho que sempre foi e parabenizá-lo pela pessoa que se tornou.



Muito obrigado, Potiguara Pereira Neto, meu filho; e parabéns. Curte esse momento que é teu e que custou tanto.



Um beijão!!!






Potiguara Pereira Júnior (O orgulhoso)




domingo, 13 de dezembro de 2009

Olha o gol, olha o gol...






Pô, terminou o Brasileirão...

Que que eu vou fazer nas tardes de domingo ou de sábado até começar o Gauchão? Mais de um mês sem futebol... Uns 40 dias. Quase 1000 horas...

Minhas mulheres é que vão gostar. Mãe, filha, namorada...

Outra coisa; vou suspender a assinatura do jornal.

Se eu vendesse peixe ou ovos teria uma utilidade para ele sem as notícias e comentários esportivos.

Minha avó tinha um armazem e meu pai um bar, e a gente vendia ovos "a granel". Não é bem assim pra fazer esse pacote. Existe toda uma técnica para se embrulhar ovos em jornal.

Dependendo da quantidade pedida, era preciso equilibrar os ovos aos pares ou às trincas enquanto se pegava o próximo lote. Segurava uns com uma mão junto com a ponta do jornal enquanto pegava os outros com a outra mão, sem deixar rolar ou cair para evitar o prejuízo, a sujeirada e a trabalheira...

Hoje em dia ninguém mais compra ovo no armazém da esquina ou peixe no mercado, só no súper-mercado. Minhas habilidades e funcionalidades estão ficando obsoletas.

Outra coisa que poderia fazer com esse jornal seria usá-lo na limpeza das janelas, mas nem isso eu faço. Quando lavo as janelas seco com um pano. É uma técnica que copiei quando trabalhei em um posto de gasolina, com os lavadores de carros e que aperfeiçoei em muitos anos de prática.

A sessão de esportes dos jornais em época de férias fica mais obsoleta e inútil do que o resto do jornal em tempos de campeonato. Só sobram os quadrinhos, mas a leitura é muito rápida, e cá pra nós, se fosse pra ler quadrinhos, compraria um gibi...

Tem uma coisa que me incomoda, não só nos jornais, mas na imprensa esportiva em geral: O Muralismo. (Muralismo [sm] condição na qual o indivíduo teima em ficar em cima do muro, evitando tomadas de posição e/ou emitir opiniões). Não sei como é nos outros estados, mas aqui os caras tem que se fazer de isentos, inodoros, insípidos e incolores. Não torcem pra time nenhum. E a gente tem que acreditar.

Eu acho um desrespeito com a gente, com a nossa inteligência.

Tem colunistas que omitem sua preferência mas deixam claro nos seus textos. Não conseguem disfarçar. A gente reconhece a caligrafia. Às vezes até o cheiro...

Mas, enfim, c'est la vie... Vou comprar umas palavras cruzadas e esperar o Gauchão e a Máquina do Cafezinho.





Aquele abraço!!!