Uns tomam coca light, outros zero.
Uns vigiam o peso, outros ganham.
Uns separam o lixo, outros reciclam.
Uns reciclam o lixo, outros digerem.
Uns segregam, outros agregam.
Uns condenam, outros conversam.
Uns observam, outros absorvem.
Uns contemplam, outros completam.
Uns navegam, outros aportam.
Uns viajam, outros racionalizam; mantém os pés no chão e a mente focada, o que não é o meu caso. Fico mais para viajante. Não fisicamente, mas um viajante mental, se é que da pra dizer isto.
Achei interessante o que uma prima-cunhada falou em um encontro familiar esses dias, ao ser questionada sobre qual refri beberia:
- Tem guaraná normal e Zero, qual tu prefere?
- Zero! Esta hipocrisia eu preciso manter... Respondeu ela sorrindo.
Foi apenas uma forma bem-humorada de dizer que, no fundo ainda mantinha a esperança e a confiança em si mesma. Que apesar de todos aqueles salgadinhos e docinhos, a determinação dietética jazia adormecida em algum recanto da sua alma.
Acho que é bem isso, né? A gente tenta e acredita sinceramente que um dia vai conseguir, seja o que for aquilo que ainda não conseguiu; emagrecer, parar de fumar, começar a dançar, separar o lixo, ser mais legal, menos trouxa, qualquer coisa que exija mais do que meter a mão no bolso e mandar trazer.
Temos a sincera convicção da força de vontade necessária, a determinação, a coragem, então começamos. Tomamos a iniciativa e seguimos todos os passos que sabemos necessários naquela direção para alcançar nosso objetivo. Estamos fazendo tudo certo, mas demora muito! Demora tanto que resolvemos dar uma checkada, e aí constatamos que, o que fizemos, mesmo com toda a boa vontade, não era bem o que deveria ter sido feito.
E agora? Desisto de tudo? Recomeço? Sento e choro?
Podemos ter a mesma atitude da Ana; relaxar e deixar pra continuar mais tarde, mantendo a postura e a esperança. Podemos enlouquecer e desistir de tudo, mandar tudo às favas. Podemos parar para avaliar os erros e acertos, e começar tudo de novo; com tranquilidade ou mesmo no desespero. Cada pessoa reage à sua maneira, independentemente do tipo de situação ou da gravidade dela.
Particularmente, prefiro relaxar e decidir com serenidade e sabedoria. Óbvio que, na maioria das vezes a sabedoria fica pelo caminho, mas a serenidade eu costumo manter. Relaxa, respira fundo, alinha a coluna e vam’bora...
Aquele abraço!