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Não é a mesma coisa que fracasso. Eu acho...
Será
que já fracassei na primeira frase, ou foi um sucesso? O resto do texto dirá...
Fracasso
soa mais forte. Forte até demais. Insucesso a gente diz quando alguma coisa
pequena não da certo ou quando qualquer coisa funciona mais ou menos, ou então
quando queremos preservar a autoestima, nossa ou alheia, admitindo o fracasso,
mas não muito.
Na
real são sinônimos. Um é tosco, seco, o outro é mais delicadinho, politicamente
correto, apesar de gramaticalmente duvidoso. Tão duvidoso quanto o resultado do
que quer que tenhamos tentado e não funcionou.
Quando
a gente não quer ofender o fracassado ou quer preservar a sua imagem, aí vem o
insucesso amenizar o seu fracasso.
Insucesso
é coisa de político. Não duvido que tenha sido usado pela primeira vez numa
sessão da câmara dos deputados daquele país rico situado no meio do Brasil.
Insucesso
é para os fracos. Os fortes fracassam sem temor, sem frescuras, sem mimimi.
Macho assume o seu fracasso, levanta, sacode a poeira e da volta por cima,
mesmo saindo por baixo.
Errou,
perdeu, se deu mal? C’est la vie. As
pessoas normais passam por isso muitas vezes na vida. Escolhemos se aquilo será
um fracasso dissimulado em insucesso que levaremos na bagagem pelo resto da
vida ou se aproveitaremos a lição deste tropeço, encarando, assumindo a
responsabilidade, admitindo o erro estratégico.
Há
casos nos quais não somos responsáveis diretos, quando, por exemplo, alguém nos
puxa o tapete. Mesmo assim temos a coautoria. Por não sabermos avaliar os
sócios, colegas, parceiros, por não saber interpretar os sinais.
Ah, os sinais... tão preciosos e ignorados...
Então
é isso. Fazer do limão uma limonada é fácil, mas precisamos saber onde está o
açúcar, senão vai ficar a mesma coisa amarga.
Um
fracasso bem fracassado pode ser edificante se soubermos trabalhá-lo.
Não
tenho problema em assumir meus erros, pois sempre que erro foi tentando
acertar, e admitindo o erro posso aprender com ele e evitá-lo no futuro.
Eu
disse “posso aprender com ele”, não quer dizer que eu consiga... Acabei de
levar outro tombo. Já perdi as contas de quantas vezes, e eu sempre penso e
repenso, e juro que não vou mais repetir, que da próxima vez será diferente,
que vou mudar e bla, bla, bla...
É
brabo...
Acho
que não nasci pra isso, sei lá. Mas ninguém pode dizer que eu não tento, nem
que eu não me esforço. Isso seria uma inverdade...
Inverdade?
Putz, vai começar tudo de novo...
Aquele
abraço!