Volta às aulas... Que
delícia!
Lembro meus tempos de
primário (alguém lembra ou sabe o que era isso?), comprando cadernos, lápis,
material de desenho pras aulas de artes, lápis de cor e de cera. Uniforme de
educação física com a camiseta do colégio e Ki-Chute novo. Caneta não. Caneta só à partir da 5ª série.
Tudo novo, aliás. Apesar dos
poucos recursos, meus pais sempre conseguiram comprar tudo que nos era essencial.
O primeiro dia de aula
sempre foi marcante, pelo reencontro com os colegas, pela sensação boa de usar
todo aquele material cheirando a novo, jurando que “esse ano vou cuidar do
material”, os cadernos sem orelhas, caligrafia caprichada... Era bom também porque não tinha mais saco pra
férias. Em casa sem nada pra fazer, com os amigos e vizinhos veraneando pelas praias
ou outros lugares.
Passados estes primeiros
dias tudo caía na rotina, a mesma de sempre, quando as únicas novidades vinham
dos professores com matérias novas, as quais eu geralmente não entendia muito
bem, e emoções e novidades só quando vinham as notas das provas. Quase sempre
uma surpresa.
Mais algumas semanas e já
estaria contando os dias para as férias de inverno, com meu livros e cadernos
cheios de orelhas, e com os garranchos habituais.
Alguns anos depois, passei a
viver estas emoções com meus filhos, apesar de que nunca notei neles estas
emoções.
Hoje em dia nem isso mais. Eles
estão crescidos, o Potizinho formado, fazendo MBA no Ríio e a Júlia no terceiro
ano, esperando cair a ficha de que este ano é preparatório para o vestibular.
Agora me resta olhar os
encartes de jornal e agradecer pelas despesas que não terei.
Aquele abraço!